"Por onde começar… Ao que parece
ninguém tem a ‘fórmula mágica’ para descrever uma experiencia incrível como
esta.
Quando me foi pedido para escrever
um pouco sobre o que vivi nas JMJ passaram-me muitas coisas pela mente mas a
que ficou foi: impossível J. Por muito bom escritor ou contador
de histórias que uma pessoa seja não se consegue descrever na perfeição o que
se sente/vive/experimenta numa coisa como esta, quanto mais eu... Se queres
saber vive tu mesmo! Mas pronto, entretanto lá pus as mãos no teclado e o texto
foi fluindo… (ou não)
Vou começar talvez pelo fim, o que me
marcou mais, mas como disse o Papa isto não é o fim mas sim o principio… A
noite da vigília de oração foi uma das experiencias de fé mais marcantes que já
vivi, pois apesar do contratempo daquela chuvada nenhum dos milhares de jovens
presentes fez menção de arredar pé dali, e eu fui um deles, por muito que se
diga não me custou nada, há coisas piores no mundo do que estar encharcada. Uma
coisa que não vou esquecer também foi a tenacidade do Papa para ficar connosco
(ele também se molhou) e também o seu sentido de humor bastante perspicaz, quem
diria que aquele Sr de 84 anos com um aspecto bem mais frágil (humano) do que
se pode ver na televisão tinha um espírito tão jovem? Fiquei encantada. Não só
com isso, mas também com a demonstração de fé que se sentiu naquele recinto
durante as horas que lá passámos.
A semana em que nos ‘mudamos’ para
Madrid foi algo de extraordinário, quem diz que os jovens já não se interessam
pela igreja? Que a nossa igreja está envelhecida? Não foi isso que eu vi
naqueles dias, não foi isso que a presença de mais de 1,5 milhões de jovens de
todo o mundo mostraram com aquela festa Cristã que até ‘fez’ com que o Papa
viesse ter connosco àquela cidade espanhola. Até porque se ela está envelhecida
a culpa é nossa/vossa, pois NÓS SOMOS A IGREJA DE CRISTO.
Sai de lá com a fé mais reforçada e
com mais esperança neste futuro incerto que se avizinha. O lema destas Jornadas
faz todo o sentido… ‘Enraizados e
edificados em Cristo, firmes na fé!’.
Depois desta semana, e ao ‘olhar
para trás’, é possível dizer que tudo valeu a pena... Passado isto tudo ninguém
pensa muito no calor, na comida menos boa, nas enormes caminhadas, no que se
queria ter feito e não foi possível, nas horas de espera, e noutras coisas
mais, pois o que se viveu compensa tudo isso.
Para quem estava com dificuldade em
escrever até saiu qualquer coisa, mas está longe de ser fiel a tudo o que se
viveu durante a semana…"
Estela Caldeira MTA Alpalhão
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