"Obra para maior glória de Deus" (2ª parte)

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A 27 de Agosto de 1873 chegava a aprovação canónica assinada pelo Bispo Benito Vilamitjana. Considerava-a «admiravelmente oportuna».
O P. Henrique podia trabalhar com satisfação. Tinha a aprovação do Bispo, portanto a confirmação de que era vontade de Deus.
Começou por idealizar um acto simples e, ao mesmo tempo, popular: reunir as jovens que o desejassem na Igreja de Santo António. Providencialmente, a data da convocatória coincidiu com aquela em que o Bispo assinou a aprovação – 27 de Agosto, dia da Transverberação de Santa Teresa.
Aí se concentraram umas trezentas jovens que ouviram um dos sermões mais fervorosos da sua vida. Naquele dia, o P. Ossó tinha qualquer coisa que o fazia clamar como um autêntico profeta.
No actual MTA, Movimento Teresiano de Apostolado, herdeiro do espírito da Arquiconfraria, este documento é considerado como a Carta Magna, o «Chamamento» que contém todo o espírito da obra. Vejamos também alguns parágrafos:
«O objectivo da minha Associação é o mesmo que a Igreja nos propõe ao admitir-nos no seu seio: renunciar a Satanás, às suas obras e pompas, para dar lugar ao Espírito Santo: tirar almas a Lúcifer, para que nelas viva e reine Cristo Jesus.
Não se trata de serdes monjas, nem sequer de vos sobrecarregar com novas obrigações ou de vos impor duros sacrifícios; trata-se apenas de serdes cristãs deveras e de vos proporcionar os meios para tal… Haverá alguma que não responda ao chamamento?»
[…]
Um ano depois eram 700.
Depressa surgiram questões jurídica, como a elevação à categoria de Arquiconfraria – até então era Associação – pelo Papa Pio IX em Dezembro de 1875 (…)
Ia crescendo de uma maneira extraordinária. Chegou a contar 13 000 associadas. E ainda hoje, em numerosas paróquias da Catalunha, de parte de Aragão e na região valenciana, há um altar dedicado a Santa Teresa ou à Puríssima Virgem, que se atribuiu à Arquiconfraria Teresiana.
Assim era Henrique de Ossó  Maria Vitória Molins
Editorial A. O. – Braga  Irmãs Teresianas  1996

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